sexta-feira, 19 de abril de 2013

Mestiço

Eu índio
Tu índias
Ele índia
Ela também índia
Nós indiamos
Vós indieis
Eles indiam
Elas também indiam

Sou Brasil, logo negro
Sou Brasil, logo branco
Sou Brasil, logo amarelo
Sou Brasil, logo índio
Sou Brasil, logo MESTIÇO.

sábado, 30 de março de 2013

O Muro, a Lágrima e a Argamassa


Chegar ao ponto de descobrir quem você é exige uma construção diária no seu muro da verdade.

Fatos nem sempre são suficientes para encontrarmos nossa essência, uma vez que nem sempre damos a devida importância a certos acontecimentos cotidianos que classificamos como normais e meramente... cotidianos. Dada a devida negligência aos fatos, construímos uma mansão-mente protegida por uma murada-corpo sem a argamassa.

Há quem chame essa argamassa de deus, de deuses, de vida, de alma, de amor. Mas aqui se chama verdade. A preparação pode ser simples ou, dependendo do obreiro de sua vida, tem alguns atrasos na obra. Enfim.

Como fazer?
Cimento? Água?

Nada disso. Sua argamassa tem que ser rija o suficiente para que qualquer um que queira invadir sua mansão-mente esbarre no muro e encare a argamassa. Há quem queira trocá-la por outra. Trocar por uma que condiga com o padrão das argamassas das mansões-mente da elitizada vizinhança.

Mas como pode? É minha argamassa! Eu a preparei sozinho!
Mentira! Tive um auxílio.
A única ajuda veio dos meus olhos.
Deles caíram as lágrimas que emulsificaram a argamassa que mantem fortes meu muro-corpo e minha mansão-mente.

A elas eu escrevo na minha dedicatória e despedida.

Era uma vez...

Era uma vez um menino com um molho de chaves copiadas.
Era uma vez o dono das chaves originais.
- Mas como esse menino conseguiu tais chaves? Questiona o leitor curioso.
- Oxe! O dono deu, ué! Respondo tranquilamente.

Era uma vez uma sala.
Era uma vez o dono dessa sala: o mesmo dono das chaves.
A sala era grande como a mente humana.
Lá há muitas gavetas.

Era uma vez uma gaveta com um documento e um cadeado.
Era uma vez muitas gavetas.

 - Isso mesmo, leitor curioso! Cada chave abre uma gaveta! Exclamo.
 - Mas como saber qual chave abrirá a gaveta que desejar? Replica o leitor.
 - O dono sabe.
E para-se na  minha tréplica.

Era uma vez uma vez
Era uma vez muitas vezes.
Eram muitas vezes que os cadeados foram abertos.
E as gavetas também.
Eram muitas vezes que os cadeados foram abertos.
Mas as gavetas ainda estão fechadas.
E os documentos inexplorados.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Saque Na Terra Dos Umbuzais

Saqueiam a Terra dos Umbuzais.
Quem se importa?
O importante é assegurar a Terra dos Amorais
de onde se faz a torta

Torta esta mais parece uma floresta
onde araras e onças fazem a festa.
Tudo para festejar o tal negro óleo que sai do mar
que, como garoa, faz o povo dos Amorais se banhar.

Oh, povos dos Umbuzais, podem chorar
para que os filhos de vossa terra vejam água jorrar,
uma vez que dos céus, a mesma vem bem devagar.

Oh, povos dos Amorais, por quê protestais?
Por quê só agora gritar?
Vossos irmãos já o fazem sem parar
por mais que vós ajudeis a eles calar.

Ajudai a quem fez brotar este país.
Ajudai a quem nunca vos feriu.
Ajudai a quem fez brotar vossa raiz.
Ajudai a quem vos construiu.


domingo, 25 de novembro de 2012

Dual

Dual

Oh ser que mente,
que sente,
que finge ser gente
de olhar permanente

Oh ser permanente,
que é gente,
que finge que sente
ter um olhar de ler mente

Oh ser-gente
que é permanente
que finge que mente
ter o olhar que sente

Será mesmo gente?
Assim fluorescente?
Uma vez que relutantemente
Esconde e afirma ser assim:
Adolescente.

Thiago Oliveira [num período de rara inspiração poética]

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

PREPAREM-SE

Preparem-se que chegará o post revelador em que sempre que eu penso nesse assunto fico com aquela cara que vocês já conhecem (¬¬'). Mas enfim, o tema é filmes, e isso é a única coisa que informarei. Logo, logo virá, mas antes tenho que pesquisar. XD